Responsabilidade Civil do DNIT: Dr. Mendes comenta sobre a tragédia na Ponte do Estreito e os deveres do Estado

Em entrevista concedida à mídia digital, o advogado Dr. Mendes abordou com profundidade o caso da tragédia ocorrida na Ponte do Estreito, no Maranhão, no dia 22 de dezembro de 2024. O incidente resultou em vítimas fatais e reacendeu o debate sobre a responsabilidade civil do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a manutenção das rodovias federais no Brasil.

De acordo com Dr. Mendes, a Constituição Federal é clara ao tratar da responsabilidade do Estado em casos de omissão. O artigo 37, §6º, e o artigo 5º asseguram que são invioláveis os direitos à honra e à imagem, e que cabe à União indenizar os danos causados por falhas ou omissões na prestação de serviços públicos — como é o caso da conservação de rodovias e pontes federais.

Princípios Fundamentais e as Espécies da Indenização

Na entrevista, Dr. Mendes ainda explicou sobre os Princípios Fundamentais e as Espécies da Indenização.

Princípios Fundamentais:

Dever de Indenizar: Aquele que causa dano a outrem, seja por ação ou omissão, tem o dever de reparar esse dano.

Ato Ilícito: Um ato ilícito é aquele que viola um direito e causa dano a outra pessoa, podendo ser intencional ou por negligência.

Espécies de Indenização:

Danos Materiais: Compensam prejuízos financeiros diretos, como gastos com tratamento médico, consertos de bens danificados, lucros cessantes (perdas de ganhos futuros).

Danos Morais: Compensam o sofrimento psicológico, a dor, a angústia e a humilhação causados por ofensas a honra, a imagem, a privacidade, etc.

Danos Estéticos: compensam alterações da aparência física que causem impacto na qualidade de vida ou no convívio social da vítima.

O DNIT tem responsabilidade direta pela manutenção das vias federais e, por consequência, pelos acidentes causados por sua omissão. A tragédia da Ponte do Estreito é um exemplo doloroso disso. As famílias das vítimas têm direito à indenização”, afirmou o advogado.

Alerta para atual situação das pontes no Maranhão e no Brasil

Dr. Mendes também alertou para um cenário alarmante: segundo dados recentes, mais de 700 pontes em território nacional apresentam condições estruturais semelhantes ou até piores que a da Ponte do Estreito. Essa realidade evidencia a urgência de investimentos públicos e medidas efetivas de fiscalização e manutenção por parte do governo federal.

O caso segue em investigação, mas a cobrança por justiça e responsabilidade já ecoa entre os cidadãos e especialistas em direito público. O Dr. Mendes, através de seu escritório de advocacia, já trabalha com esse tema há mais de 10 anos, possuindo ações referentes ao tema em três estados da federação – Maranhão, Pará e Tocantins.

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