
A reunião dos chefes dos líderes do Brics, prevista para julho deste ano, acontecerá no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em vídeo postado nas redes sociais do prefeito Eduardo Paes, neste sábado (15).
“O presidente me autorizou a anunciar que a reunião dos chefes de Estado do Brics será no Rio de Janeiro, no mês de julho deste ano, nos dias 6 e 7, quando receberemos na cidade os chefes de estado dos 20 países que integram o Brics, como membros plenos e parceiros”, afirmou Mauro Vieira.
O vídeo foi gravado na residência oficial do prefeito do Rio. Em 1º de janeiro deste ano, o Brasil assumiu a presidência rotativa do Brics, grupo de cooperação internacional formado por países em desenvolvimento, composto atualmente por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Irã.
O ministro destacou a importância do evento na cooperação entre os países membros. “Mais uma vez, o Rio de Janeiro será palco de uma importantíssima reunião internacional”, disse Mauro Vieira.
“Receberemos os chefes de Estado dos 20 países que integram o Brics nas duas categorias, de membros plenos e parceiros. Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento, para a cooperação e para a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países”, completou.

Rio de Janeiro vai sediar a cúpula do BRICS em julho
O prefeito Eduardo Paes agradeceu a decisão do presidente Lula e afirmou que, mais uma vez, a importância da cidade para o país é reconhecida. A cidade recebeu a reunião do G20 em novembro do ano passado.
“Rio, mais uma vez, é capital do mundo. Foi o G20 ano passado, agora Brics e, quem sabe, eu ainda não consigo a assinatura do decreto presidencial dizendo ‘Rio capital honorária do Brasil”, afirmou Paes.
O prefeito se referiu ao pedido formalizado pela Prefeitura do Rio de que a cidade seja reconhecida como “capital honorária” e “cidade federal” do país no começo do mês. Segundo a assessoria da prefeitura, o título tem valor simbólico e não altera a posição do Rio de Janeiro no cenário federal. Porém, oficializa a cidade como principal cartão postal do país e tem o papel de valorização do município.
Para o trabalho de organização do evento, a Prefeitura do Rio criou o Comitê Rio Brics, que será responsável pela elaboração do “Calendário BRICS Rio”, reunindo as iniciativas e atividades até o final de 2025.
O Comitê também participará de fóruns e comissões organizados por diversas esferas do governo e da sociedade civil, nacionais e internacionais, abordando questões que são importantes para os países do grupo.
Brasil na presidência do Brics
No dia 1º de janeiro, o Brasil assumiu a presidência do Brics até 31 de dezembro. Segundo a coordenadora-geral da presidência brasileira do Brics, ministra Paula Barboza, do Ministério das Relações Exteriores, os dois eixos da atuação do país, ao longo de 2025, são a reforma da governança global e a cooperação entre países do Sul Global.
Há duas categorias de participação no Brics: países membros e países parceiros. Os 11 membros – África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia – participam de todas as reuniões. Nelas, o processo decisório baseia-se no consenso.
Para ser admitido como membro, os países interessados precisam cumprir os seguintes critérios: ter boas relações diplomáticas com todos os membros plenos, apoiar o multilateralismo, ser membro das Nações Unidas, não adotar sanções sem autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e assumir compromisso com a reforma da governança global. A manutenção do equilíbrio geográfico do bloco também é critério para novas admissões.
A modalidade de países parceiros foi criada em 2024, na Cúpula de Kazan, na Rússia. Nela, países são convidados a participar da Cúpula de Chanceleres e de Líderes do Brics, e podem estar presentes em outras reuniões se houver consenso entre os membros.
Atualmente, os parceiros são Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. Ao longo de 2024, mais de 30 países mostraram interesse em participar do Brics tanto na qualidade de membros como de parceiros.
G1RJ