
Entre garrafas pet, canos de PVC e muita vontade de aprender, um grupo de estudantes do Colégio Militar Tiradentes XXII, em Santo Amaro do Maranhão, conquistou o Brasil. Os “Fogueteiros de Santo Amaro”, como ficaram conhecidos, voltaram do Rio de Janeiro para a cidade com o título de campeões e vice-campeões da 79ª Jornada de Foguetes, competição que integra a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e a Olimpíada Brasileira de Foguetes (OBAFOG).
A competição aconteceu entre os dias 03 e 06, no Hotel Fazenda Ribeirão, no município Barra do Piraí, no Rio de Janeiro, e reuniu equipes de estudantes de todo o país.
Representando Santo Amaro do Maranhão, os alunos André Silva, Anna Carollynna, Jullyana Dutra, Eduarda Furtado, Michele Souza e Yuri Samuel brilharam sob a orientação do Professor Marco Ribeiro e cooperação do Professor Wellington Miranda.
“A nossa equipe, “Os Fogueteiros de Santo Amaro”, competiu na Turma 12, que contava com centenas de participantes das 05 Regiões do Brasil. Nos lançamentos, os alunos alcançaram marcas impressionantes, o que garantiu a classificação de 1º e 2º lugares, ficando entre as melhores equipes do país.”, contou o professor.
Uma conquista regada de esforço e dedicação
Durante um mês inteiro, o grupo se dedicou e trocou o lazer de fim de semana por oficinas improvisadas na escola, sempre reunidos, construindo foguetes, lançando e procurando garrafas pet nas ruas. Sem grandes recursos, a equipe precisou improvisar com o que tinha à disposição. O resultado? Uma vitória com gosto especial. “Foi sofrido, mas valeu a pena”, relembra o professor Marco Ribeiro.
“Os Fogueteiros de Santo Amaro” participando de uma Oficina de Construção de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. (Foto: Professor Marco Ribeiro)
“Os Fogueteiros de Santo Amaro” participando de uma Oficina de Construção de Foguetes em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.
Para o professor, o sentimento é de privilégio. “Me sinto um privilegiado por ser professor deles. São alunos incríveis, disciplinados, pragmáticos e focados o tempo todo. Eu sabia que iriam conquistar grandes feitos”, afirma.
Mais do que uma conquista, o educador acredita que a conquista e o esforço dos estudantes deve abrir caminhos. “Acredito que vai abrir portas para que outros alunos possam participar de eventos estudantis também. Que outros professores possam se engajar também um pouco mais fazer grandes feitos com os seus estudantes.”, contou o professor.
Equipe na Jornada de Foguetes em Barra do Piraí. (Foto: Professor Marco Ribeiro)
Equipe na Jornada de Foguetes em Barra do Piraí. (Foto: Professor Marco Ribeiro)
Para a aluna Michele Souza, de 14 anos, o evento permitiu que ela se conectasse com outros estudantes de outros estados e vivenciasse outras culturas.
“O sentimento é de emoção e gratidão por tudo que eu vivi nesses três dias em Barra do Piraí. Conhecemos outras pessoas de diferentes estados e também conhecemos outras culturas, o que nos ajudou a ver e de certa forma vivenciar outra realidade totalmente diferente da que vivemos aqui”
Michele Souza, aluna do Colégio Militar Tiradentes de Santo Amaro do Maranhão
Já a estudante Jullyana Dutra, de 15 anos, contou que o evento em si proporcionou não somente a vitória, mas fez ela acreditar que tudo é possível com muito esforço e dedicação.
“Aprendi muitas lições. Entre uma delas, foi que nós somos capazes de qualquer coisa. Pode parecer impossível, mas a gente pode fazer acontecer desde que haja esforço e dedicação, e nós fizemos isso, nos esforçamos ao máximo para que isso acontecesse”
Jullyana Dutra, aluna do Colégio Militar Tiradentes de Santo Amaro do Maranhão
Uma jornada para o futuro: próximos passos
Depois da grande conquista no Rio de Janeiro, o grupo tem grandes planos. O professor Marco Ribeiro pretende inscrever os alunos em outras olimpíadas científicas, e até sonha com competições internacionais. Com orgulho, ele encerra com uma frase que leva tatuada no braço: “Um dia meus alunos irão mudar o mundo”, disse o professor Marcos Ribeiro.
Para a aluna Michelle, esse foi só o começo de uma grande história regada de sonhos a serem realizados. “Sim, com toda certeza. Acredito que essa foi só a primeira olimpíada de muitas que ainda virão, e com fé em Deus nós iremos conseguir trazer o troféu novamente”, disse a aluna Michelle.
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