Moradores do Residencial Ribeira, em São Luís, reclamam da erosão e das enormes crateras que estão surgindo em vários pontos do bairro. Os buracos ameaçam engolir casas, tem provocado o desaparecimento de ruas e avenidas do bairro e a população teme pela segurança na região.
A obra que ocasionou o problema é de responsabilidade da Caixa Econômica Federal. A população convive com o problema desde 2018 e alega que a tubulação de esgoto e drenagem da água da chuva que foi construída não suporta o volume de dejetos que vem sendo despejado.
Entregue há 10 anos, o Residencial Ribeira foi construído inicialmente para atender 3 mil pessoas do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Ao longo dos anos, o número de moradores cresceu e um bairro se formou. Desde então, as famílias são ameaçadas por crateras.
Ruas e avenidas do Residencial Ribeira estão praticamente desaparecendo. Em 2018, duas crateras mostradas pela TV Mirante tiravam o sossego da população e, desde então, apenas a da rua onde estava sendo construída uma Escola Municipal passou por serviço de terraplanagem e o reaterro.
Nas crateras, o barulho que vem de lá parece até correnteza de rio, vem jorrando sem parar desde sábado (10), mas se trata de esgoto. Durante uma forte chuva, o asfalto não aguentou e cedeu, levando a tubulação. O problema aconteceu bem em frente à casa da moradora Concita Melo, que mora na rua Rio Gurupi.
“Tô com medo de atingir aqui a casa. Já tá bem aqui assim no meio, ele está todo oco, está só o asfalto mesmo cobrindo. Quem vê assim, está normal mas não está. Nós tiramos a foto, filmamos e está um buraco horrível. Ele está muito profundo e a água o tempo todo jorrando de esgoto”, disse Concita Melo, empregada doméstica.
No mesmo local, duas semanas atrás, uma cratera engoliu parte da rua, levou junto um poste e deixou outro inclinado. Os moradores contam que ficaram horas sem energia elétrica e a construtora responsável foi notificada e, na quinta-feira (8), isolou o trecho.
A rua Rio Parnaíba praticamente não existe mais. A cratera na rua já está bem próxima as casas e como se o risco não bastasse, o lixo ainda se acumula no local.
“Na verdade recebeu 3 mil pessoas mas hoje já tem mais para 10 mil. Toda a tubulação ela foi feita irregular”, diz Márcio Valério, empreendedor.
g1ma