Família oferece R$ 100 mil por pistas sobre quem assassinou casal em São Luís

Joel Bastiaens e Sandra Maria foram assassinados a tiros em uma casa no bairro Araçagy, em São Luís. — Foto: Reprodução/TV Mirante

Familiares abriram uma campanha e estão oferecendo R$ 100 mil por qualquer pista que leve até alguém que possa ter participado do assassinato do casal Sandra Maria Dourado de Souza e Joel Bastiaens. Ambos foram mortos a tiros, no dia 28 de fevereiro de 2010, e o caso nunca foi esclarecido.

Sandra era maranhense, enquanto Joel era holandês, e ambos eram corretores de imóveis. Na época do crime, eles teriam sido atraídos para uma casa no bairro Araçagy, por um suposto comprador, e lá foram brutalmente assassinados a tiros.

Os familiares acreditam que o duplo assassinato pode ter sido encomendado. No entanto, 15 anos após o crime, nenhum suspeito foi sequer identificado e o inquérito foi arquivado.

“Você tem que lutar tanto pela justiça. Por coisas que você não pediu de jeito nenhum. Para que eles te decepcionem completamente nesse aspecto. Você tem que resolver tudo sozinho”, declara Loes Hamel, mãe de Joel Bastiaens.

A campanha dos familiares foi iniciada no dia 14 de março e divulgada nas redes sociais, por meio da Fundação Peter R. de Vries. Qualquer dica que ajude a levar à elucidação do duplo homicídio pode ser enviada por meio do site da instituição e para o e-mail: tip@peterrdevries.nl. As testemunhas também podem entrar em contato com a fundação de forma anônima.

Governo do Maranhão condenado por omissão

No ano passado, o Governo do Estado do Maranhão foi condenado pela Justiça por se omitir e não dar respostas ao assassinato do casal Joel e Sandra. O juiz Itaércio Paulino da Silva, titular da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Luís, determinou o pagamento de R$ 160 mil com indenização por danos morais aos familiares.

Entre os pontos que evidenciam a responsabilidade do Estado pela omissão, de acordo com a sentença da Justiça, estão:

  • Falta de estrutura adequada na Delegacia para promover a investigação de forma eficiente
  • Demora excessiva para a realização de diligências essenciais para elucidação do crime
  • Pausas longas na tramitação do inquérito, com a perda de oportunidade de coleta de provas importantes
  • Imprestabilidade de coleta de provas depois de decorrido tanto tempo do crime, ensejando a impunidade do autor do delito

Procurado, o governo do Maranhão se limitou a dizer que só se manifestará sobre o caso dentro do processo, não explicando os motivos de arquivar as investigações do crime.

“A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) esclarece que em casos de demandas processuais em curso no âmbito do Poder Judiciário, estando o Estado dentro do seu prazo processual de manifestação (de defesa ou recursal), a atuação do ente público se dará nos autos do respectivo processo”, diz a nota.

g1ma

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