‘Sonho que acabou em pesadelo’, diz neta de idosa que morreu em queda de elevador no Circo Mundo Mágico

Dona Maria Soares e a neta, Katiuce — Foto: Arquivo pessoal

A neta de Maria Soares, de 89 anos, conta que a avó era uma mulher muito querida pela família, que está de luto após a morte da idosa, que caiu junto com um elevador no Circo Mundo Mágico, instalado no Pátio Norte Shopping, na Região Metropolitana de São Luís.

Segundo Katiuce Souza, Maria era a matriarca de uma grande família, com quatro filhas professoras, netos, bisnetos e até um tataraneto. Conhecida como ‘Dona Maroca’, ela amava a cultura popular maranhense, assim como apresentações circenses.

“Ela era uma guerreira, e foi até o fim. Um doce de pessoa, muito católica com uma fé inabalável. Sempre com seu tercinho na mão e gostava muito de viver, passear. Amava o São João e ia assistir sempre as apresentações (…). Quando algum neto, filhas, genro convida pra sair, ela se arrumava cedo e ficava sentadinha esperando”, relata a neta.

De acordo com testemunhas, na noite da última terça-feira (6), Maria foi ao circo para comemorar o aniversário do bisneto. Pensando na segurança e na comodidade da idosa, a família comprou ingressos para uma área VIP, que era mais alta e precisava de acessibilidade para idosos.

O circo contava com um elevador, porém não tinha uma pessoa capacitada para operar o equipamento, segundo os familiares. Quando o elevador estava no ponto mais alto, o cabo do elevador cedeu. Maria e a filha que a acompanhava, de 61 anos, ficaram feridas.

O Corpo de Bombeiros esteve no local após o acidente e realizou uma rápida vistoria, mas o resultado ainda não foi divulgado. A Polícia Civil também investiga as causas do acidente. Questionado pelo g1, o circo Mundo Mágico disse apenas que a idosa sofreu uma ‘queda do elevador’, sem dar detalhes.

Falta de pagamento para cuidados em UTI

A idosa foi atendida ainda no local por equipes do circo, sendo levada com vida e consciente para um hospital particular. Porém, ela precisaria ser transferida para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que não aconteceu porque o circo teria demorado a pagar pelo procedimento.

“Fui à tesouraria do hospital perguntar por que ainda não tinha subido para a internação na UTI, porque, se foi pedida uma internação, era para subir. No entanto, um dos responsáveis, que disse ser apenas genro do dono do circo, precisava fazer esse pagamento e não tinha feito. Por isso, ela não tinha subido”, disse Katiuce.

g1ma

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *