Um levantamento recente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que o Maranhão possui atualmente 574.577 eleitores filiados a partidos políticos. O número representa um crescimento em relação a 2022, quando foram registrados 551.881 vínculos partidários no estado. No entanto, o dado ainda não supera o pico de 579.464 filiações alcançado em 2020, durante o período eleitoral municipal.
Em nível nacional, o total de eleitores com filiação partidária chegou a 16.397.335. Os dados reforçam a movimentação política dos maranhenses às vésperas das eleições de 2024, ainda que o volume atual não represente um recorde histórico.
Partidos com maior número de filiados
O PRD lidera o ranking de partidos com maior número de filiados no Maranhão, contabilizando 59.169 registros. Na sequência aparecem o MDB, com 48.500 filiações, e o União Brasil, com 43.319. Outros partidos de destaque são o PDT, com 40.273, e o PP, com 35.876 adeptos.
A lista segue com o Podemos (34.933), PSDB (33.072), PT (32.159), PL (31.917), PCdoB (27.842), PSB (22.240), Republicanos (21.515), PV (20.459), Solidariedade (19.721), Cidadania (13.851), Avante (13.017), Mobiliza (12.873), PSD (12.534), DC (12.013), PRTB (11.992), Agir (10.880), PSOL (6.655), PMB (3.205), Novo (3.055), Rede (1.677), PCB (1.435), PSTU (280), PCO (71), UP (68) e PSC (12).
Os dados refletem o panorama político até outubro do ano passado, quando foi realizada a última atualização do sistema, em meio à preparação para as eleições do próximo ano em todo o país.
Especialistas apontam que o aumento nas filiações pode estar relacionado à estratégia das legendas de fortalecer suas bases para as eleições proporcionais. Com as novas regras eleitorais, como a cláusula de barreira e o fim das coligações proporcionais, partidos precisam demonstrar força interna para garantir cadeiras nas câmaras municipais. Por isso, intensificaram o estímulo à filiação, especialmente de pré-candidatos e lideranças comunitárias.
Além disso, o número de filiações também pode sinalizar a consolidação de novos polos de poder local. Em muitos municípios maranhenses, as decisões partidárias ainda passam por figuras tradicionais, como ex-prefeitos, deputados estaduais e vereadores com forte controle sobre as estruturas partidárias.
O relatório do TSE funciona, portanto, como um termômetro do jogo político que se intensifica nos bastidores. A poucos meses da corrida eleitoral, o movimento de filiações indica que os partidos estão se preparando para enfrentar o novo cenário político, que exigirá mais organização, articulação e, sobretudo, representatividade para convencer o eleitorado maranhense — cada vez mais atento e exigente.
O Imparcial