Após inúmeras denúncias feitas por famílias de diversas comunidades ao vereador Araújo Neto, o parlamentar voltou criticar e cobrar ao governo municipal providencias urgentes para o caos na educação de Codó. O legislador pontuou sobre os vários relatos de pais, mães e alunos, de como a falta de estrutura nas escolas, de transporte adequado e merenda escolar prejudicam a educação e comprometem o futuro de toda classe escolar em Codó.
“Eu estive na Morada Nova, no Ferroado, na Santa Tereza, e ouvi a lamentação dos pais, muito emocionados, dizendo que se pudessem e tivessem condições, levariam os seus filhos todos os dias para a escola. No Polo Palmeira do Norte, popularmente chamada Lagoa da Onça, as crianças não estão indo porque o ônibus não passa. As crianças não estão recebendo nem aquele dever de casa para fazer. E isso é lamentável. E o que é pior, é que o pai que leva o filho para a escola de moto, ele tem que esperar logo. Porque quando dá nove e meia, o menino sai, porque não tem merenda escolar. Nos quatro cantos do município não tem transporte escolar, não tem merenda escolar, nos quatro cantos do município as crianças estão sem estudar”, denunciou o vereador.
Impiedosa e sacrificante logística para se chegar às escolas
Indignado, o parlamentar lamentou e contou com riqueza de detalhes a dura e sacrificante logística de pais e filhos para chegarem as precárias escolas em comunidades de Codó. “As crianças me ligam contando, como aconteceu no povoado Matões do Moreira, que é uma comunidade quilombola cortada pelo Rio Codozinho. E no inverno, as crianças do fundamental maior, que estudam no Monte Cristo, precisam atravessar o Codozinho de Canoa, andar dois quilômetros, ir pro Sobrado e esperar o ônibus que vem do Santo Antônio dos Pretos pra levar eles pro Monte Cristo. E os que estudam no Km 17, a mesma coisa, andam, atravessam o Codozinho de Canoa, caminham dois quilômetros, vai pro Sobrado pra ir pro 17. Aí as crianças me ligaram. E tudo isso acontece pela falta de ônibus. Está tudo sem comando, é uma falta de respeito. Ninguém respeita as crianças, acham que os meninos são vagabundos, que tem que andar a pé”, desabafou
O vereador finalizou declarando que irá continuar sua missão de lutar para que as mazelas da educação sejam sanadas e resolvidas. “E é pra isso que nós estamos aqui, pra fiscalizar e pra cobrar. E pra cobrar duro. Nós não podemos ver a educação por essa ótica. Nós temos que ver a educação pelas condições que o município precisa dar para essas crianças poderem estudar, para terem uma merenda escolar digna, que as crianças possam ter os professores para ministrar suas aulas e que elas possam aprender e passar de ano e o município ser beneficiado com os créditos do aumento dos seus índices educativos”. Concluiu.